Para quem viveu na Terra Em meio dos sofredores E somente frias dores No mundo ingrato colheu O frio beijo da morte É o beijo da liberdade É um raio de claridade Que vem da altura do Céu A vida terrena é a noite Que precede as madrugadas Das regiões aureoladas De amor, de verdade e luz Sem paradoxo, portanto O gozo é o próprio martírio Que se fez excelso Lírio Na devoção de Jesus A morte é a deusa celeste Da vida, da plenitude Que a alegria da Virtude Faz, linda, desabrochar Seu beijo é um raio de luz Do dealbar das alturas Que na noite de amarguras As almas vem despertar