Sou sonhaçú Lá do brejo dos farias Minha fatia Tá no bolo do poder Carnaubeira Solitária do tapui Menino fui Nos caminhos do sofrer Refrão Mas aprendi Que não se toca na malícia E da urtiga Por longe tem que passar Sou bicho arisco Sou sagaz não me arrisco Tetéu do vale Pois madrugada o meu cantar Ê ô ô vida de gado Além de marcado Ainda ter urrar Ê ô ô vida de gado Sou biu pereira Madeira de envergar. Sou vaga-lume Da estrada mais deserta Tô sempre alerta Com a luz do meu guiar Sou boi ferido Sempre atrás dessa boiada Quem corre cansa Devagar chegarei lá.