Por tantas vezes já me perguntei Em que momento vou recuperar Memórias vivas que eu já sonhei Em meio ao caos eu vou me levantar Já tive medo, mas agora eu sei Tudo que posso e como alcançar Feridas frias que eu descasquei Mas que já não me podem machucar Andei à margem de muralhas Me arrisquei sem mesmo perceber Joguei no mar todas as cascas Receios fúteis prestes a morrer Me despedi do escuro escasso Em proporções que não consigo ver Joguei no mar todas as cascas Receios fúteis prestes a morrer Por terra firme insisto em correr Recuso a brisa que faz delirar Não me permito seguir a mercê Em meio ao caos eu vou me levantar Respiro fundo e busco me mover O vento bate a suavizar Feridas frias que eu descasquei Mas que já não me podem machucar Andei à margem de muralhas Me arrisquei sem mesmo perceber Joguei no mar todas as cascas Receios fúteis prestes a morrer Me despedi do escuro escasso Em proporções que não consigo ver Joguei no mar todas as cascas Receios fúteis prestes a morrer Lanço ao mar o que não me pertence Medos herdados, corridas premeditadas Mentiras sussurradas para me calar Afundem, afundem Todos vocês não tem mais lugar em mim Eu não sou casca vazia, eu sou carne viva Eu sou a voz que rasga o silêncio Em meio ao caos E nada que aconteça pode me deter Eu sigo inteiro, sigo em chamas Indestrutível, eu irei vencer Andei à margem de muralhas Me arrisquei sem mesmo perceber Joguei no mar todas as cascas Receios fúteis prestes a morrer Me despedi do escuro escasso Em proporções que não consigo ver Joguei no mar todas as cascas Receios fúteis prestes a morrer