Sou brasileiro, sou uma agulha no palheiro, Cabreiro, Sou brasileiro, sou uma agulha no palheiro... Em Montes Claros Dona Zinha pede um cafuné Mas Pedro foi pra Janaína que mora em Natal. Na Rocinha Damião faz um carreto Pra levar mais um reboco no barraco do Marçal... O papagaio da vizinha fala um palavrão Pro capixaba que tem medo de assombração, São tantos tipos, tanta gente, tanta confusão, Sou brasileiro e tenho identidade, CPF, habilitação. Sou brasileiro, sou uma agulha no palheiro, Galego, Sou brasileiro, sou uma agulha no palheiro... Foi em Roraima que Ederaldo viu sua filha Odete Aparecer num aparelho de televisão O caboclo que sonhava em Nova York, Acabou casando e trabalhando lá no Maranhão Japonês fechou mais cedo a pastelaria Pra torcer na arquibancada do Pacaembú Enquanto isso um surfista em Floripa já fazia feijoada à baiana com angú, São tantos tipos, tanta gente, tanta confusão, Sou brasileiro e tenho identidade, CPF, habilitação.