Dados infográficos, era da informática Onde dão mais valor à impureza fotográfica Gastando com plásticas, formados em gráficas Querem ser algo que não são e ainda se matam pra ficar Informações vou traficar, alívio na didática Cês quer like, eu só quero uma base mais dramática Mudo a tática mas não a temática Pulemos a parte burocrática Menina cê é tão linda, pra que apelar tanto? E esses moleque mentem Passam imagem do que nunca foram Falam do que nem sentem E eu só quero fazer o rap mais foda da Terra Mostrar pro Mano Brown e ele achar um absurdo Tocar no fone de ouvido até do meu pai que é meio surdo Enquanto não acontece eu me contento com essas merda Números, vivem de acúmulos, é o cúmulo Quantos desses like aí cês vão levar pro túmulo? Meu estímulo? Zé! É ver que pelo menos uma frase do meu EP te mudou E te moldou, te emoldurou, até madurou Virtualmente conhecido mas tua fase não durou É, são pensamentos singular Depois pede e implora pra que eu sigo lá Esqueça os views, dê atenção pros verso Deus não joga dados com o universo Atenção pros verso Deus não joga, não joga Meu rap é física quântica, placa tectônica Números mais inúteis que orelhão da telefônica Alguns têm números, outros têm versículos Tão atrasado há séculos, andando em círculos São algoritmos, cês não tá avançando São algarismos que não mudam seu destino Eu até entendo o que cês podem tar caçando Mas pra fazer dinheiro com dados, só num cassino É a tendência do jogo, eu tô esperto Mas Deus não joga dados com o universo Eu tô esperto Cês só jogam e não ganham E eu sou de humanas, ein, eu nem sou de exatas Exatamente como eu disse pra tu Só que, depois uns colam pra falar na minha cara Quantos likes cê tem, aí, vai toma no Nem um por cento, isso é só o começo Não tem macete pro seu trampo ser eterno Não encontram meio nem se rezassem terço Trancado no seu quarto, vai pro quinto dos inferno