Era o filho, a mãe, a avó Era o primo, era a tia, amiga do peito Era a dinda, o afilhado querido, era o pai que brincava até fazer dormir Era a neta, a cunhada, era o genro, a vizinha alegre, o sorriso, o amor Era a bisa, era o tio engraçado, padrinho, era o primo lá do interior Batalhava na linha de frente contra a sabotagem do vil ditador Contra o tempo que não dá passagem e as falsas promessas debaixo à curva da dor Vidas raras para tanta gente e não há mais consolo, não há tudo bem Todos eles e elas que eram o amor de alguém Mas quem sabe se a economia correr sério risco a vacina não vem Porque baixar o lucro é um perigo e essa pilha pode não pegar muito bem Vidas raras para tanta gente e não há mais consolo, não há mais porém Todos eles e elas que eram o amor de alguém Vidas raras e não há mais volta, não há mais consolo, não há tudo bem Todos eles e elas que eram o amor de alguém