Porque a vida urbana Faz com que as pessoas Se vistam como animais Apenas pelo visual E deixe loucos, tolos Todos que se julgam sucessores Seres tão superiores Ao macaco ancestral Porque a cara desse homem Que um dia já foi homem Forte o suficiente para viver sem matar Toma vergonha de uma vez E deixe de ser tão mesquinho Convive com o vizinho em paz No mesmo habitat Esse é o passar dos tempos Não mudamos a histórias Somos os mesmos macacos Fedidos e pedindo esmolas Mas e na hora da discórdia O que vale é a palavra Do mais forte que só falta O mais fraco escravizar Então soltemos as correntes Que nos prendem fortemente Assim esse sistema cai Por que não deixa libertar? Essa vontade que não cessa Que a muitos interessa Mas a falta de cabeça Ainda vai nos derrotar Então só resta que o homem Cresça, morra, apareça Pra talvez a dignidade Algum dia alcança