[Vietnã] Percebo o que tá acontecendo Maldade tem de sobra pra entender, rap é soro pro meu veneno Minha intenção não é machucar seu Deus tá vendo Sociedade é a fauna mais macabra que eu pude presenciar Que pelo pódio qualquer coisa tá valendo Essa é pra quem matou se não matou, se pá marcou e vai rodar São várias voltas grandes num mundo pequeno Quem fala é o caçador rasgando a dor preparado pra revidar Mando um salve pros braço, em vida fecho com a matilha Furando o concreto no aço, brinquedo não pega na pilha Tirando pele de raposa, que passa por nós pelas gírias Onde todo animal fala, nem todos protege a família Não quem comprava eu era quem tava vendendo Não é por orgulho e não é pra se envergonhar Foco na causa domínio do meu terreno Faço escola, traço a risca e quem não é não vai passar (É a lei da selva chapa) A insanidade às vezes cruza meu caminho Nota de 100 eu nunca vi ninguém rasgar Nego, parece mas eu nunca tô sozinho Conheço a trilha e sei bem onde vai dar [Nocivo] Raio laser, é a blazer na biqueira de cima Plantando ódio na favela, colhendo bomba de Hiroshima Perfume de jasmim, é o mal que se aproxima Vocês nasceram com grana, nós nascemos com rima Cantei no calabouço, com dor escrevendo frases E o sofrimento que cria poetas e kamikazes Mundo moderno só futilidade espalhando maldade através do iPhone Verão não inverno, mudaram o clima do inferno, PM no bote de drone Ouvindo Post Malone batendo pique Stallone E se Jesus não voltar eles fabricam o clone Querem falar de amor, são pedras nessa trilha Secos de coração, o abraço é uma armadilha O ódio fez cartilha nessa escola de lágrima Vingança é como câncer que se espalha igual magma [Helião] Mundão perigoso como um alçapão Trago, sinto a falta de vários irmão [Nocivo] País do futebol não consegue educar Quantos vão morrer sem voz se o rap se calar? Orra vagabundo ó, vou te falar Menor que atira é preso, não quem fabrica hk Temos cara de bandido que assusta dona lívia Não quem carrega a nave com a coca da Bolívia No rio de solidão querem um gole de fama Difícil achar amor onde é fácil ir pra cama Governo dá risada enquanto meu sangue derrama E o crack da quebrada levou 10 no fliperama O crack na quebrada, mais família a sucumbir E a modelo do baile hoje parece um zumbi Sou da época de épicos, Moonwalker e Dread Hoje a pedra faz o gueto parecer The Walking Dead Criaturas do concreto traz um pino de antraz A verdade te condena e a loucura te satisfaz [Np Vocal] Entre homens simples e seus androids vi Digitalizaram ódio, amor, virando óleo de Máquina pra máquina na indústria de menores zica Maior na condução da boca mais forte da família O pai morreu na guerra, mãe na fila do transplante, liga Uma menina se chamava Olívia deixou falando em Bernardes Mais vale uma pistola e uma vadia Do que seus paradigmas e a segurança porra de polícia Foda-se memo, se eu morrer hoje cês vai me ouvir Cantando pro cês o que o espelho só falou pra mim [Helião] Quem não paga o preço (quer mudar o quê?) O sistema é cabresto (me esforço pra ser!) Meu coração não é panfleto (mas entregam você!) Não é questão de branco ou preto Somos reféns da cidade, rua não tem liberdade Uns estão preso à vontade, outros tão livres sem chaves Numa prisão sem ter grades, coisa de mentalidade Escravos da sociedade, vivendo sem novidade Vaidade cresce, tem ninguém pra se importar A melhor parte de mim é o ódio e vai salvar Me resgato, dou esperança a quem tá fraco Que saco, não aguento os mesmos papo Os mesmos erros, os cheiros, os perrequeiros Que bosta! Você diz que a rua é escola, qual matéria que mais gosta? Atirar só pelas costas, aprender pedir esmola Prostituir menor é moda, um brinde a derrota Cornear então tá, minuto de prosa Os muleques sem pistola dão garrote nas idosa O que mais me incomoda, rap não foca Mas eu vou compor provas, gira o mundo, gira a roda Você mendigo rico não sabe o que é somar Seu rosto julga os bico, os dedo é pra apontar Há vá! Helião boca de se lasca Sua mente é meu parque vem cá, voltei pra passear [Chico] Selva de concreto, vida longa papo reto Resistência, união, atitude Vários mente fraca na mentira se ilude No verso ecoa a voz, fechadão quem tá com nós Favela é um bom lugar, dizia Sabota, esteja em paz, em paz Favela é um bom lugar, dizia Sabota, ecoa na voz, ecoa na voz Resistência, união, atitude Resistência, união, atitude Vários mente fraca, na mentira se ilude [Clara Lima] Sistemática da norte, problemática e sem sorte Eu me juntei com os vagabundo, pronta pra dá um pinote Pra me libertar dou o máximo do meu potencial Biatch! Shut up and look me now A luta e o luto tem um certo parentesco Crise num país carnavalesco, será um pretexto? Expondo a falta de esforço que o nosso sistema é feito Sem cantar frase de efeito ou o que seja pra impor defeito Eu peito de peito aberto pra que seja feito assim Pique Martin Luther King, 'But I have a dream' Quer permanecer cantando Igual o febem eu quero é roubar um carro forte esse ano, mano Esforço desumano como disse meus mano Nós tamo trabalhando, então cê passe o pano Quando cê vê os cano, que nós não tá brincando E quem pensa errado demais acaba se atrapalhando [Raillow] E é o produto externo e caiu como uma luva Saio daqui, e volto daqui e nada muda E as novinhas cresceu e o tráfico tá na mesma curva E nós nasceu pra ser artista na rua Mano por entre as carnes que sentem e o sistema que abusa Pelos mortos que ficaram em claros nas noites turvas Ae moça, se pediu uma, pede duas Vou entregar pro cê também o mundo junto com a Lua Tem produto pra dar, pra vender, mas nós usa A paz tá na mente, a segurança na cintura Cada rua uma rua, cada carne, cada corpo E as nuvens vindo alimentando outra ditadura E eu? Eu moro aqui sim, senhor eu sou daqui sim, senhor Mas eu não te devo aonde eu vou e nem desculpas! Inverteram o padrão, é o produto interno bruto E palavras curtas pra longos dias de luto Eu tava cansado de tudo que ouvia, garganta secava, outro jogo eu fazia Olhares me cercavam, uma parte de mim e uma noite pra nós Madrugada a sós, uma noite de guerra, os amigo armado a quebrada vazia Nadando entre mares violentos, ao lado sereias, piranhas e iscas Aqui o chão que pisa explode, aqui o que fode a vida inspira E o que sobra a vida vende, pressas sangram, as luzes piscam Câmeras olham e olhares gravam tudo E ninguém quer ser testemunha e nem confiar na polícia [Np Vocal] Décadas de primavera e a mãe ainda tá sem notícia E a única certeza é que vai chover de polícia lá Décadas de primavera e a mãe ainda tá sem notícia E a única certeza é que vai chover de polícia lá