Sim esta é a minha rua a minha sala, o meu quarto, o meu colchão em vez de janelas há estrelas e o tapete o passeio, as pedras do chão o candeeiro a luz da lua o cobertor caixas forradas de papel em vez de vontade o cansaço em vez de um beijo, o vento rasga-me na pele Talvez um dia possa ser Tudo o que meu sonho quiser e assim chegue ao pé de ti Talvez um dia posso ser Talvez um dia eu possa querer acordar-me a mim Sim esta é a minha vida dois braços baixos aí estendidos no chão entre o silêncio e a vertigem sorriso gasto sem calor no coração o sol não nasce apenas passa o tempo cai sem nada desenhar no céu arrasto pegadas na alma olho pra traz e vejo não há nada meu...