A cidade gelada de frio Me esperava de braços abertos Seu contorno sem pontas, macio Lembra muito teus traços incertos De vc sinto falta e vontade E a saudade que fica queimando Vez em quando a vida me pega Que nem pedra, rolando, rolando E eu sem nome no meio do mundo E eu no fundo de algum horizonte Escondido entre vales e montes Como parte de alguma gravura Me confundo a cidade e a brancura Num cartão postal. Amanhã de manhã vou partindo Vou seguindo viagem, vou indo Deixo atrás muitos sonhos vividos Deixo atrás muitos sonos perdidos Quando a noite esconde a claridade E a cidade se encolhe de frio Tem um rio pequeno e uma ponte E uma fonte chorando, chorando... Tudo fica tão quieto parado Tudo calmo, saudade, saudades Num cartão postal.