[Intro] Cm G7 Cm
Ab G7 Cm
Cm G7 Cm
Ab G7 Cm
G G# A Bb
Grita o silêncio da noite corcoveiam os trovões
Cm
Línguas de fogo lambendo aramados e moirões
Bb Ab G7 Cm
No céu um patrão tropeiro vai remexendo os tições
Ab Ab G7 C G7 C
E o macegal se ajoelhando como a pedir mil perdões
C Dm Em Dm C Cº G7
E o gado todo mais louco do que a fúria desse vento
C
Redemoinhando relento a procura de capões
C7 F
Relâmpagos que se cruzam retratam por entre as plagas
C G7 Cm
Os entre-choques de adagas das velhas revoluções
( Cm G7 Cm )
( Ab G7 Cm )
( Cm G7 Cm )
( Ab G7 Cm )
G G# A Bb
No horizonte as labaredas vão guasqueando o tempo feio
Cm
Teatros de assombrações cenário do mundo alheio
Bb Ab G7 Cm
Boi-tatás e caiporas tropilhas do pastoreio
Ab Ab G7 C G7 C
Meu baio pateando raio o temporal gineteio
C Dm Em Dm C Cº G7
Neste entreveiro matreiro de faísca, vento e raio
C
Me agarro as crinas do baio que já nem liga pro freio
C7 F
E uma faísca teimosa riscou-me a tala do mango
C G7 Cm
Só por ciúmes de fandango partiu minha gaita no meio
( Cm G7 Cm )
( Ab G7 Cm )
( Cm G7 Cm )
( Ab G7 Cm )
G G# A Bb
Os coriscos vão marcando o longo preto do tempo
Cm
Com nuvens pançudas de chuva se aninham no firmamento
Bb Ab G7 Cm
A mata inteira valseia num compasso pacholento