Cola-me no chão, querida O meu objectivo não é cair nem ficar sem barriga. Ajuda-me a ficar no chão, recente convertida Às teorias que apontam para a cura da SIDA. Adubar os pés para alcançar o tecto. Alimentar a mente e perder o afecto, E perder o afecto. Vão pintar o teu retrato Sem qualquer ponta de maldade Far-se-á grande aparato Se contestarem a verdade. A fita métrica não é a tua E a medição não é a de um cobarde Tu tens trinta anos de altura E apenas um metro de idade. Tira-me do chão, querida Não seria bom levantar voo e mudar a vida? Ajuda-me a acordar, tenho a boca seca e dorida Do meu sonho a preto e branco onde tu surges colorida. Algemar os pulsos e deixar a vida de furtos. Começar a ler poesia e envelhecer com mestria, E envelhecer com mestria. Vão pintar o teu retrato Sem qualquer ponta de maldade Far-se-á grande aparato Se contestarem a verdade. A fita métrica não é a tua E a medição não é a de um cobarde Tu tens trinta anos de altura E apenas um metro de idade