Eu sou aquele franguinho Que nasceu no mês de agosto Desde que nasci no mundo Foi só pra passá desgosto Logo fizero o batismo Lá na bêra do paió Por causa da minha cor Eu fui chamado Carijó Quando eu tava de dois mêis Já me dero intendimento Que eu ia tomá parte Na festa de um casamento A muié que me criava Era uma marvada intaliana Me tratava com pulenta E com casca de banana Me tratava com pulenta Só fazendo por bonito Eu piquei no calo dela Ela berrô igual um cabrito Ela já virô e me disse Você véve hoje só Casório da minha fia É aminhã, seu Carijó! Tava no arto de um toco E avistei uma mulata Vinha com a espiga de mio E um cachorro vira-lata Era a nossa cozinheira Que já vinha me buscá E o marvado cachorrinho Que vinha pra me pegá Adeus, meu pulero véio Terra dos verde capim Os óio que me vê hoje Podem dispidir di mim Eu cheguei lá na cozinha Com grande dor no coração Vi um tacho de água quente Bem na trempa do fogão A marvadinha da noiva Só pensava na comida Deu sinár pra cozinheira Pra acabar com a minha vida Inda fiz uma promessa Nessa hora de geriza Se essa noiva me comê Ela há de ficá sem camisa