Noite sombria, noite sem tarde
Noite impotente, noite guerreira
Por outros caminhos, com as minhas mãos
Procuro as tuas, procuro nós os dois
Desponta a Lua do Monte
Desponta a Lua do monte
Entre rostos de pedra e estradas de lodo
Buscando pela Lua, buscando
Dançando na mente
Encostando em todas as pessoas
Por vezes desabando em lágrimas
Uma cantiga de terras seguras
Bem cedo esquecidas
Voz dos pobres restos de um sonho que já era

Na lixeira, os desesperados
Procuram algo para comer, procuram
No meio das pessoas, no meio
No meio da rua perguntam
A vida açorda-se a chorar
Vós filhos de ninguém
Esquecidos nesses anos
Tu tens apenas cinquenta e um
Mas até parecem cem
Meu Coração, fonte clara e limpa
Assim eu também posso beber na vida

Onde quer que surja a madrugada no meu caminho
Sem correntes, iremos juntos
Desponta a Lua do Monte
Está a ser entoada uma canção
Desponta a Lua do monte
Desponta a Lua do monte
Está a ser entoada uma canção
Desponta a Lua do monte
Está a ser entoada uma canção

Na lixeira, os desesperados
Procuram algo para comer, procuram
No meio das pessoas, no meio
No meio da rua perguntam
A vida açorda-se a chorar

Entre rostos de pedra e estradas de lodo
Buscando pela Lua, buscando
Dançando na mente
Encostando em todas as pessoas
Às vezes ficando ao teu lado
Uma cantiga de terras seguras
De miúdos a festejarem na relva
Voz que sobe mais em alto
De um sonho que já era

Na lixeira, os desesperados
Procuram algo para comer, procuram