Sou filho da roça Lavrador da terra Criei-me no campo Com muita alegria Aqui na cidade Só vejo beleza Falta a natureza No clarear do dia Água nascente Emoldurando as pedras Vem fazendo queda Faz a sintonia Em horas do dia Eu ficava escutando Os canários cantando Nos pés do alecrim Nos mourões de cerca Do curral do gado Onde os tico-ticos Tratando o chupim Chegando os cuitelos De variadas cores Beijando as flores Lá do meu jardim No fundo da casa Um belo pomar Os pés de marmelo Onde cantam os sem-fim O silêncio da noite É muito bonito O cantar das corujas Em cima do cupim Brilhando as estrelas Igual vagalume E entram nas nuvens Se escondem de mim O nosso sertão Rescende o perfume Do mês de outubro Na flor do café As abelhas voando Procuram pousar Na ramada verde Pra colher o mel Moro na cidade Mas tenho saudade Viver lá na roça Quanto bom que é