Não monto em cavalo manso Nem que me custe um rodeio Gosto do lombo do potro Por causa do sarandeio O maula em baixo do basto Nunca me causou surpresa Me representa que eu ando Por cima da correnteza Depois do primeiro pulo Nem que a coisa fique preta Dou c'o a mala e cravo a espora Bem na volta da paleta Dou com a mala e cravo a espora Bem na volta da paleta Matungo que corcoveia Se não amansar, desmancho Ensino a pegar a estrada Me carregando pro rancho Matungo que corcoveia Se não amansar, desmancho Ensino a pegar a estrada Me carregando pro rancho E eu nunca encontrei a pergunta Que eu não achasse resposta Se não dá pra ir de frente Saio surrando de costa Acho bem lindo um clinudo Quando vem se manoteando Só pra ver o lombo dele Sobre o ar me abaraiando' E um potro escondendo a cara É brabo de se entender É madeira que não lasca É pedra dura de roer É madeira que não lasca E é pedra dura de roer Matungo que corcoveia Se não amansar, desmancho Ensino a pegar a estrada Me carregando pro rancho Matungo que corcoveia Se não amansar, desmancho Ensino a pegar a estrada Me carregando pro rancho E quando eu não puder mais Montar em qualquer ladino Eu quero ficar na terra Pra rosetear meu destino Pois quando eu deixar da lida Me apeando junto a um rodeio Talvez me sobre o buçal O mango, o laço e o freio E se um dia este Rio Grande Quiser se atorar no meio Vão dizer: Sobrou um gaúcho Sentado sobre os arreio' Vão dizer: Sobrou um gaúcho Sentado sobre os arreio' Matungo que corcoveia Se não amansar, desmancho Ensino a pegar a estrada Me carregando pro rancho Matungo que corcoveia Se não amansar, desmancho Ensino a pegar a estrada Me carregando pro rancho Matungo que corcoveia Se não amansar, desmancho Ensino a pegar a estrada Me carregando pro rancho Matungo que corcoveia Se não amansar, desmancho Ensino a pegar a estrada