Nem Mal Que Sempre Dure Nem Bem Que Nunca Se Acabe

Quadrilha

Composição de: Sebastião Antunes
A solidão espalhada p´los penedos 
Embrulha a alma em folhas de saudade 
A noite acorda o sabor dos segredos 
E traz nos dedos a cor da vontade 

E só a voz da lua é que me amansa 
E me adormece ao canto da gaivota 
No fim do mundo o tempo quebra a dança 
E o vento lança aromas de outra rota 

O sol acalma como um grão de areia 
E dorme enquanto espera a madrugada 
Em cada noite escura há uma candeia 
Em cada ceia uma fome adiada 

Em cada grito há uma voz calada 
Encruzilhada p´lo meio do caminho 
Em cada sono há uma alma acordada 
Desnorteada como um burburinho 

Ouvi dizer o povo e o povo bem o sabe 
Nem mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe 

Mal amanhece o horizonte espreita 
Enquanto espera p´lo raiar do dia 
Já se adivinha o calor que se ajeita 
E o chão aceita o fim da noite fria 

Rir da tristeza chorar da alegria 
Abrir caminhos como um peregrino 
Deixar que a vida traga outro dia 
Fazer folia a meias com o destino
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