Na volta do corredor
Tem um ranchinho barreado
Quinchado que é um primor
Com Santa Fé do banhado
Nele mora um beija-flor
Do biquinho colorado
Que eu chamo de meu amor
Quando cruzo apaixonado
Sou um peão do posto do meio
Este é o meu ramo de vida
De cima dos meus arreios
Não tem topada perdida
Levanto o pingo no freio
E a volta mais encardida
Por ter clarim meu clareio
Fazendo encordoar a lida
Vivo nos galpões de estância
Destapando madrugadas
Escutando a consonância
Dos rumores da alvorada
Que traz com o Sol a elegância
Do mensual de espora atada
Conhecedor da importância
Da cincha bem apertada
O laço que ato nos tentos
De trança, parelha e forte
A favor ou contra o vento
Tem sempre destino e norte
E pra não dar casamento
Só muita falta de sorte
Pois na ilhapa tem sustento
Pra bicho de qualquer porte
Tenho um cavalo tordilho
Cruza de Pershe e mestiço
Que eu confio quando encilho
Pra um passeio ou pra um serviço
No apertar do gatilho
Sai junto do que eu cobiço
Me trazendo no lombilho
Sempre atento ao compromisso
E o meu chapéu que requinto
Tapeado à moda fronteira
Se abaguala no recinto
Dum serviço de mangueira
Este é o quadro que pinto
Com mescla de pelo e poeira
Remoldurado no instinto
Da nossa essência campeira
Mas quando a Lua desponta
No céu deste meu rincão
Uma saudade reponta
As penas do coração
Feito um sinuelo que aponta
As queixas da solidão
Que um taura em segredo conta
Pra uma gaita de botão
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