Sou um galo missioneiro Que bica e vai pra cima Na peleia não me entrego As puas são minhas rimas. Meu verso canta a verdade E opinando se agiganta E brota como um trovão Um sapucay na garganta! Admiro todo o canto Mesmo este sendo novo Desde que traga mensagem E a cultura de seu Povo. Por isso canto a minha terra E não me engana o estrangeiro Vou viver sempre cantando O meu torrão missioneiro. Canto neste meu terreiro E respeito o chão alheio Deste jeito fui criado Simples e sem floreio. De bico e espora grande E a garganta afinada Pra soltar o meu canto Quando me derem bolada. Nasci na beira de um rio Junto com a natureza E bem na costa de um mato De chão puro e sem nobreza. Assim vou sempre cantando No raiar de cada dia Batendo asas no canto Pra despertar alegria.