Eu não me reconheço mais, estou perto do fim Crescendo enquanto algo morre dentro de mim Vivendo nesses conflitos, guerras tiram minha paz Sofrendo por minha vontade, na cidade igual Antraz Enlouquecendo aos poucos na iniquidade de tais Mas não por estar confuso, no fundo, eu sei demais Enquanto o mundo acaba, corpos em nossos quintais Jornais onde os filhos morrem antes que os pais Esqueça o drama, o papo é grana, eu vejo inveja no ar Eu vim da lama e quis a fama com ambição no olhar Eu montei um quebra-cabeça e passei a questionar Quantas mentiras que o governo ainda vai nos contar? Pensando em quantas histórias ainda vão esconder Pensando em quantos heróis ainda vou conhecer Pensando em quantos livros nós deveríamos ler Pensando bem, quantos deles podemos escrever? (hein?!) É que eu só tenho uma chance Não desperdiço tempo por que nunca é o bastante Planos pra vencer, quero tudo ao meu alcance Eu não posso perder, agora é hora da revanche Tramei um plano de vida, peguei a rota de fuga Tentei sair da Matrix, mas ela sempre me suga Tô procurando a saída, mas ela é tão absurda Me chamam de suicída, pois meu discurso não muda Estou cansado dessas farsas e farto dessas putas Cercado por traíras que testam minha conduta A verdade é que ninguém sabe, de fato, minhas lutas Julgando os meus atos com críticas dissolutas Ouço ideias fajutas de um sistema demente Com vários símbolos macabros que me deixam doente Represento a resistência e vou subir de patente Embriagado com frequência, ainda assim consciente São o suficiente, mano, eu não tô carente Estou em pleno vigor, mas o cansaço é aparente Causando má impressão, a pressão fodeu minha mente Destravei a minha pistola, ainda tenho mais um pente (pláw) É que eu só tenho uma chance Não desperdiço tempo por que nunca é o bastante Planos pra vencer, quero tudo ao meu alcance Eu não posso perder, agora é hora da revanche