Entrega-te, inteiro, e te firma na força E que ela te torça, se for teu destino Aspira este pó de tabaco e outras ervas Que as plantas são servas do Pai, que é Divino Confia naquele que chega pra ti E encosta o tepi, assoprando o rapé Aguenta este sopro, relaxa a carcaça Soldado de raça é o que fica de pé Entrega-te, irmão, em silêncio, na mata Que o nó se desata e o teu corpo flutua Agora, transforma-te em vivo crisol Na força do Sol ou na força da Lua! Medita quais são as lições do rapé Mantém tua fé em Deus-Pai Criador Entrega-te às luzes de tal pajelança E tem confiança redobra esse amor Reflete o valor tão maior desta festa E, aqui, manifesta o valor de crescer Apaga este ranço de dores e mágoas Que a força das águas já banha o teu ser No surdo zumbido, narinas adentro Assim, me concentro, aprendendo a ser gente Bendito o rapé – esta flecha certeira! – Na paz verdadeira, que é tão diferente! Firmeza, caboclo! Firmeza no estudo Pois tudo o que vem para nós é pro bem Não temas a vida, nem temas a morte Tu sabes que forte, igual Deus, mais ninguém!