Não quero apagar a luz, só quero pagar as contas Ver se me sobra um pro cigarro, pra bera, pro fim de semana O gosto é sempre amargo ao aceitar os fatos: Não relaxar nem gozar Ao se depravar por um salário mínimo Faz parte da rotina gastar a saúde pra garantir o sustento Ficar refém de síndromes e transtornos de toda espécie Viver estressado com problemas que nem lhe interessam Vender tempo como fosse seu patrimônio inesgotável É a lei da selva nua e crua, cega os olhos de quem a vê Eterna caça ao tesouro, qualquer coisa que brilhe é ouro E para nossa diversão o circo está de volta a cidade Novas eleições, velhos discursos, paralisia e estagnação Apunhaladas, armações, mas esperem a poeira baixar Como velhos amigos de infância, políticos tendem a se perdoar Afinal de contas os lucros destinam-se a diversos bolsos E é claro que na minha carteira não irá parar