(1984) Isaías, caminhas nas minhas primeiras andanças Pelas danças, folias e rimas de mouro e cristão Violeiro das vilas, da corte, poeta maldito Tu cruzavas espada e flor, sentimento e razão E sabias burlar tua dor com um simples sorriso Como quem atravessa o mar, pisavas as pedras do chão Percebias a luz escondida no breu dos vencidos Aprendeste a ganhar a fiança de amigo e irmão Conhecendo as regras do jogo, o temor dos temidos Ao perder a batalha te erguias de novo em canção Inventavas caminhos, cortavas espinhos daninhos Tinhas todo este prazer gravado na palma da mão De primeiro de um verso divino Rabiscado nas linhas do tempo, no sopro da voz Mais que nunca tu és o profeta do próprio destino Pois teu nome é a força no mundo que vive em nós A viola no peito, nos olhos o dom da esperança Essa palavra mágica, que sempre desata os nós.