Matamba ê chegou a rainha Clareia dindinha no céu de carnaval A negra liberdade toma as ruas Em meus devaneios Reencontro ancestral África, receba sua orgulhosa filha Provinciana terra deslumbrou E marejou o meu olhar Vi aportar a escravidão Medo e desejo no coração Todo e qualquer tambor, vibrava som Em meu louvor Mata adentro, mundo afora O depois do antes Ouro, prata, diamantes Quando o vento rompe O que ninguém vê Pembelê mavanju demburê É dona do fogo, a luz do caminho Coragem nas veias se fez proteção Um lindo palácio, guerreiros do trono Oh negra divina lhe peço perdão Enfim a coroa da corte africana Entre amor e ódio me fiz soberana Mas era um sonho Que não se cumpriu Seria ainda princesa do Brasil Fecho os olhos vejo o povo Me chamar Do engenho da rainha A voz negra a ecoar Mucuiu nzambi! Senhora de matamba! Mucuiu nzambi! A nobreza do meu samba