Retinta. Pele que não se amordaça Negra luta, Anastácia dos olhos da cor do céu Que reflete a história do seu povo e a esperança A vida desde criança lhe apresentou o fel Oxum derrama um rio de amor em minha gente Bendita é a fé que nos conduz Orayeyeô! Abençoa a terrinha E eleva seu espelho, ó mãe! Vem revelar que toda preta é rainha O açoite não calou a sua voz Ô sinhô, ô sinhô! Nem mesmo o ferro imposto pelo algoz Ô sinhô, ô sinhô! No toque do alabê vai ter xirê, saravá Mandinga para benzer no ilê de yabá Meu cisne, nosso poder nasce na comunidade Negritude é igualdade! Deusa guerreira! A tua sina, nossa glória Em tantas expressões eu já lhe vi Emancipando nações A mulher negra, heroína, é só vitória Restinga! Olorum protege você liberta a alma, supera o pior Fiel ao estado maior! Todo choro silenciado levo na cor O axé dos antepassados eu sou A força dos orixás contra a perversão Tinguerreiro não aceita opressão!