Laroyê, laroyê! Energia que emana É Xica da Silva: A Xica-que-manda Canta Fidalgos, meu povo te abraça Legado africano resistência de uma raça Esu Okotó me guia À passagem, do Orum ao Ayê De ancestral sabedoria Pomba Gira, ê Mojubá! Vim contar memórias de mim Exaltando minh'alma africana Sou filha de sinhô e escrava Vosmicês num sabe como é A vida na senzala Nasci no Arraial do Tijuco Em tempos de sofrimento A fuga era livramento Ergueu-se Quilombos Na luta pela alforria Em Diamantina fascinei Fidalgos e Aristocratas Sou a luz e inspirei Negras, empoderadas João Fernandes de Oliveira Do açoite me liberta Amor a primeira vista De escrava a sinhá Superei barreiras Não perdi o poder Tô aqui pra dizer Mulher, seu lugar é onde você quiser Meu terreiro está em festa Volto ao Orum, com as bênçãos de Oxalá