Ê clareou, clareou A lua ilumina o conga Saravá, corre gira pai Ogum Imperatriz da Paulicéia vai brilhar Apaga luz, acende a vela A magia vai começar Laroyê Exu, é mojubá! Peço licença pra falar da nossa fé Que vem de longe, lá de além-mar Ancestralidade africana Que sofreu nas mãos do opressor Mas não se rendeu a escravidão Com a benção dos orixás Sincretizou, trouxe alento a minha dor Que se liberta no rufar do meu tambor Salve a força do axé, umbanda e candomblé Abençoe meu terreiro e quem vem me visitar Na gira, na gira, na gira Deixa a gira girar Embala eu babá em oração Sua falange é minha proteção Catiços encantados da jurema Cuida dessa tenda, firma ponto batuqueiro Cheirou guiné pra defumar meus filhos de fé Em devoção, aos mais antigos a minha saudação Batuca curimeiro feiticeiro Faz esse meu povo balançar De azul e branco exaltando meu congá