O meu Império é canto de luta Celeiro de bambas, raiz de verdade Na passarela, vai passar a resistência Empoderada a clamar por liberdade Serrinha, serrinha Batuque forte que ecoa no ar Para entoar o jongo de tia Maria Eu sou mulher Imperiana, mãe baiana Porta-bandeira, a suburbana flor Que desabrocha em Madureira Eu sou brasileira, rainha guerreira Sou índia, sou negra, revolucionária Não fujo à luta, à dor, à pedreira A minha essência Não será aprisionada Dandara e Tereza de Benguela Na conquista a liberdade Leolinda vira fera Rita Lee, Neide, Marta, Leila e Clara E o laiá laiá Da eterna Dona Ivone Lara Abre a roda tia Eulália E chama Maria da Penha Todas vêm para lutar Na batalha mais ferrenha Lugar de mulher é onde ela quiser Lugar de sambar é em todo lugar O império chegou levantando poeira E a vez da mulher Será sempre a primeira