Mangueira canta sob as bênçãos de Oyá Vai ter folguedo e festivos rituais No peito um pedido de paz E no clamor das vozes negras ecoou Um grito que a sociedade não calou Da arte fez sua arma contra a burguesia Dos clubes trouxe a poesia, não se escravizou Fazendo frente à elite, dos sonhos não desistiu Ao mundo seduziu E o toque do olodum, tem magia A rainha abençoou, ê Bahia! Filhos de Ghandi, nhanhã e candomblé Negro tem samba no pé Negro tem samba no pé Ó mãe África, sua cultura veio pra valorizar Blocos afro O carnaval baiano chega pra ficar A liberdade é fugaz, amordaçados jamais! O verde se derrama em rosa pro Deus negro passar No ‘‘trio Dodô e Osmar’’ Ele é superstar Na estação primeira Vai levantar poeira! Tem ile aiyê na Mangueira Festa no Pelô, que zoeira! Negro no axé de Arerê Só quer um lobby, um hobby, um love com você!