Deusa negra, Deus é mulher Estrela independente Ecoa sua voz na Mocidade Vamos bater palmas pra Elza Soares O palco transforma o seu destino O canto ecoa liberdade Contra os grilhões da burguesia Negra pobre nasceu pra brilhar Raspando o tacho da alma, potente a rouquidão A voz desabafada, joelho em adoração Eis uma estrela de roupa batida de lavadeira Menina, mulher guerreira De que planeta você veio, amor? Vim do planeta fome, meu senhor De um Brasil que olha e não me vê Da carne preta, filha de oyá Ser a moça bonita do rádio Nessa aquarela, meu limite é o céu Olho no olho não fujo da luta Sou Padre Miguel Macera as folhas da inspiração Iluminando os sentimentos Se apaixonou pela alegria do povo Gingou pra lá, gingou pra cá Se ergueu de novo No fio da navalha caminhou Tentaram lhe calar mas não calou É dura na queda, doutora do tempo No altar do samba, é porta-estandarte Revolucionou uma geração, é diva E a paradinha do Mestre André foi genial Encantou nossa fada canção no carnaval