Meu tigre pisa forte na sapucaí Liberdade, no giro da baiana um canjerê Tem magia, tem acarajé no samba O atabaque tem dendê África, berço de nossas resistências Sublime, a poesia me inspirou pra eu falar Em salvador quando atracavam os tumbeiros Chegaram negras para os ganhos de sinhá O Sol que brilha no tabuleiro, traz a fé dos orixás Obá e eres tem muito axé Xango e Oyá nos rituais Quem quer comprar No tabuleiro das baianas vai achar Acarajé, pé de moleque e vatapá Sou porto da pedra vou na fé das quituteiras Sou São Gonçalo e vou seguindo a procissão A diáspora baiana fez do rio tradição Na luta ali se fez pequena África Que iluminou diversos bambas Pelo telefone a inspiração Bate o tambor, ecoa um grito de esperança Lá na missa a ginga é santa É no rosário, força, fé, raiz Que o cortejo segue mais feliz Oh, mãe baiana, então intolerância não Lavando a alma misturo religião Tem um coral a me seguir E num clamor que faz as mãos se unir