Segura, lá vem trovoada! Rompendo pela madrugada Da África o trono de um guerreiro Batalha não se ganha só Eu rezo ao rei de oyó, Salgueiro, Salgueiro! Coroa de guerra do céu e da terra, vem ver Três rainhas dançarem no xirê Oyá fez arder o caminho Obá se entregou ao destino Oxum colheu lírios pra você Forjei a minha alma no fogo de xangô Forjei a minha alma no fogo de xangô Seu machado guia o leme sobre o colo de iemanjá Seu machado guarda os filhos e as dores desse mar Ôô ôô nagô egbá nagô egbá! Risca o ponto alumia o congá É ele que amansa o leão! É o santo protetor de uma nação Batiza os filhos na cachoeira Cabeça feita ao dono da pedreira Zum zum zum zum zum zum ao som do alujá! No morro onde meu povo firma o samba Seu nome é ordenança de um rei! Defender ou condenar? Axé opó afonjá! Que a justiça seja ainda a nossa lei Kaô xangô! O Salgueiro, quilombo vermelho Bateu seu tambor