Ôô ereê Sinta na pele o arrepio do tambor Vai-Vai é tolerância e justiça Quilombo de amor O fim do preconceito começou À luz do terreiro da saracura Incorpora a ancestralidade Coragem irmanada em sua tribo O elo perdido, a sua imagem Sou eu, senhor do tempo Corto o ventos por justiça Ouço o chamado, o clamor, a cantoria Das raízes sou eterno guardião Sou essência, a verdade, o griô A madrugada revelou O esplendor dessa missão Desacorrentando a história E a magia de outrora Senhora em oração Êê, na terra dos faraós A face dos orixás Ninguém é diferente de mim Ôôôô, no orum é assim Quando a luz brilhou, Mandela renasceu E reconstruímos sonhos de igualdade Santa liberdade, santa humanidade Negra é a cor da verdade Ó, meu pai, sou teu herdeiro Uma lembrança no tumbeiro Sou o sagrado acorrentado ao cativeiro Cruzando o oceano de iemanjá Como calar, a voz daqueles revolucionários Seguindo o exemplo do sudário Resistência nos altares Futuro ancestral, legado imortal A força que vem de palmares