Quando a quarentena acabar Eu vou a praia Vou correr, vou pescar Fazer tudo isso, eu prometo Porque, parado, sei lá Fiquei buchudo É só comer e deitar Quero sair, pegar o beco Mas minha mãe diz: Vem, cá Caba com a graça Que, logo, vai chegar A pandemia de boleto Como é que tu vais pagar Cosanpa, Celpa Além da conta, no bar Eu quero ver dares o jeito Pequeno, vai trabalhar Vender farinha Açaí, tacacá Ou peixe, frito, no espeto Porque, sumano, não dá É muita boca Na hora de "boiar" Vou dar chibé, pro teu sexteto E tu só sabes coçar Teus catarrento Não para de chorar Esfomeado e lombriguento