De tudo sabia um pouco Do todo sabia nada Sempre idolatrava o novo Mesmo desatualizada Da língua pouco sabia De nada tinha certeza Mas as suas pernas tinham Retórica que era uma beleza Ela parecia feliz Era tudo que sempre quis Pros livros que carregava Não previa muito apreço Livros que pouco informavam Além de uma cor pro cabelo Livros que nada traziam Além de odor de suvaco Pois quase nunca saiam Da caixa ou debaixo do braço O seu dicionário era em vão Nunca desifrara razão Da noite era companheira Onde houvesse gente, estava Carros, homens, bebedeira Onde houvesse drinque, amava E quando o sol anunciava O raiar de um novo dia Já sem fôlego lembrava Que a muito não dormia Que a felicidade é em vão Nunca decifrara o que quis Ela se sentia feliz E jurava ter a razão...