Que fazes tu, Senhor, com meu pecado? Que Amor é esse, que meu mal redime? Que fazes, tu, Senhor, com tanto crime Que logo vejo em tua Cruz pregado? Matéria-prima estranha tens usado! Teces com ela, como fosse vime A tessitura que teu Reino exprime - Um mundo novo em paz, regenerado Tal como o Agricultor recolhe o estrume E o deita, carinhoso, ao pé da planta Que há de florir, depois, de par em par Assim o teu Amor meu crime assume Como se fosse massa pura e santa Para a Cidade nova edificar