Eu sei que nunca fui um grande artista Não fui um campeão, nunca fui bamba Eis-me, agora, a pisar a corda bamba Nesta angústia mortal de equilibrista Aos olhares do mundo, eis-me na pista Pedem que eu cante a valsa ou dance o samba Entre a maldade e o bem, meu ser descamba Em troca de um aplauso narcisista Não quero mais a máscara, o ludíbrio! Minha alma quer a paz, o equilíbrio Que só em ti posso encontrar, Senhor E, se nada sacia a minha sede Largo o trapézio e caio em tua rede Para morrer e reviver de amor