Sentes no ar um ar de inquietude? Sentes no ar a emanação do mal? Percebes a saudade da virtude Nas manchetes vermelhas do jornal? Não vês que a propaganda nos ilude Com fotos do pecado original? Nem dólares, nem viagens, nem saúde Podem livrar-nos de uma pá de cal Contrai-se o ventre, o coração palpita E nada te protege da desdita De ver o mundo desfazer-se em pó Se não voltas em tempo para o porto Hás de viver sem paz e sem conforto E morrerás completamente só