Oh! Gauchinha tu me dá licença Quero um minuto pra falar contigo Eu venho vindo de outra querência Não tenhas medo que sou um amigo Parece que vem um temporal de chuva Vim no teu rancho te pedir abrigo Prenda bonita sei que não se curva Quando ela vê um gaúcho em perigo Entre gaúcho e se sinta a vontade Neste ranchinho de beira de estrada Não vou negar a hospitalidade Com este tempo ruim de trovoada Meu pai também está chegando agora Tenho certeza que lhe dá pousada Amanhã cedo a chuva vai embora E o senhor segue a viagem marcada Fiquei de pouso naquele ranchinho Levantei cedo no clarear do dia Fui encilhar o meu pingo sozinho E alguma coisa meu peito sentia Era paixão pela gauchinha Que tão alegre me recebia Também chorava aquela riquezinha Naquela triste hora em que eu partia Hoje distante já faz mais de ano Que eu não consigo esquecer este amor Para o meu peito não ter desengano Eu vou buscar aquela linda flor Que tomou conta do meu coração E fez de mim um triste sofredor Só ela pode matar a paixão E arrancar do meu peito a dor