Rastreador pelos caminhos Das antigas vacarias Cantor de mil sinfonias Juntito ao pé do fogão Quando escuto teu pregão Na quietude dos varzedos Vou ruminando segredos Na volta do chimarrão Cordeiro em certos momentos Ventena em certa ocasião Misto de pombo e gavião No contexto universal Conservas no teu ritual Esta monarca aparência Enaltecendo a querência Teu velho torrão natal Quando contornas o fogo Te transfiguras mateando Arredio, vai desfraldando Tua ânsia permanente De continuar um valente Que dizem que não existe Por isso teu canto triste Bole com a alma da gente Junto ao fogão empoçado De mágoas passarinheiras Retovando boleadeiras Ou rematando uma trança Recordas a contradança No derradeiro combate Onde teve um desempate Num entrevero de lança Por isso, às vezes, zelando Uma ponchada de sonhos Encilhas fletes e sonhos Com altares como tu Misto de angico e umbu A contemplar os brazedos Que te repontam segredos Deste teu pago xiru (Esta largueza de alma Este teu modo de ser Fez o Rio Grande crescer Impulsionado por ti Das Missões até o Chuí Ou contrafortes da Serra Vais morrer por esta terra Que amas desde guri)