Sentado num banco enferrujado, baby
Nada mais pra fazer
Fumo cigarros e bebo minha cerveja do Mickey
Licor maltado fino
Quando eu começo a beber e começo a pensar
Que a morte está ao meu lado
Se meu coração parasse de bater, a rua continuasse a feder
Isso é suicídio, tá certo!

Cresci no interior da cidade
Na parte escura deste município
Com outras vítimas inocentes do sertão
Que a sociedade curte colocar pra baixo
Você pode me chamar de cachaceiro, me chamar de perdedor
Isso realmente não me importa
Tiro soneca no banco, algum aditivo pra bebedeira
Isso é tudo que eu preciso

Continuo a vir, às vezes não sei porque
Vou fazer isso até eu morrer

Considere-me o duque quando janto em seu lixo
Um engenheiro anti-higiênico
O barão do banco, o mestre da mendigagem
Bem, tô puxando vinte G's a um ano
Sei que não é muito, mas pelo menos tô aí, sim
Com a realidade
Não trocaria nenhum lugar por uma corrida de ratos
Não mesmo

Continuo a vir, às vezes não sei porque
Vou fazer isso até eu morrer
Continuo a vir, às vezes não sei porque
Vou fazer isso até eu morrer

Você, Sr. Trump, posso te fazer uma pergunta?
Você tem algum trocado sobrando pra mim, idiota?
Porque estou triste e fora e sem dúvida
Estou aqui pra ficar
Sim, você me vê deitado com meus irmãos
Na sarjeta com meu saco de papel na mão
Sim, as ruas são frias mas pelo menos
Há alma e isso é tudo que preciso

Você levará minha paz de espírito embora
Você me levará a apodrecer e morrer
Mas observe de novo, meu amigo descuidado
O mundo que você vive é só uma mentira
É um dar e receber, quanto mais falso
Quanto mais dor, mais você perde
Então viva sua vida, não tome nenhum lado
E aproveite o dia e beba seu drinque