Eu encontrei os ossos de todos os seus fantasmas
Trancado no poço dos desejos
Enquanto alimentava o canto dos pássaros, arrastou as redes vazias
Eu dormia em minha concha

À meia noite, o homem-máquina
Beijou-me nos meus olhos
Me levantei e deixei as damas-de-fogo
Ardendo solitárias no meio da noite
Com todos os pornógrafos
Queimando tochas no fundo do mar

Refrão:

Eu quero ser uma máquina
Eu quero ser uma máquina
Eu quero ser uma máquina
Eu quero ser uma máquina

Eu roubei um rosto cátodo dos noticiários
E uma desintegração fugaz das músicas
A partir do depósito de vídeo-almas
Nos lagos sob minha língua
Nas cinzas de corpos e filmes mudos
Eu caminhei novamente nas avenidas
Numa nebulosa de criaturas imperfeitas
Pela vida inteira de meus amigos
Esperando que sua inocência fosse corrompida por mim

(Refrão)

Semeando-me, purificando-me
Ou livrando-me deste corpo
Deixe a poltrona dos canibais ser abastecida
Em cada célula além da imensidão
Vamos viajar como um tango estrangulado
Vamos valsar arranjos do país das maravilhas
Vamos correr para amanhã encontrar a maré
Deixando toda a emoção morrer por lá
Nas frias estrelas, de todos os seus distantes sonhos

(Refrão)

Ah!