essas asas que eu vejo em mim só podem ser impressão desejo de ser ruim e entregar meu coração como um anjo ameaçado expulso de seu paraíso invado seu reinado sem ter motivo pra isso essas asas que eu vejo em mim são como enfeites de natal prontas pra confundir o que é o bem e o mal como um anjo torturado exposto em um altar esqueço o meu passado te desafio com um olhar essas asas que eu vejo em mim têm fome do que pode ser e avançam para o futuro fazendo o desejo acontecer como um anjo embriagado cansado de mais uma vez movo as peças sem cuidado um tabuleiro de xadrez essas asas que eu vejo em mim águia devorando o leão transformam o céu em abismo e em sonho um pedaço de chão como um anjo demitido espero o tempo passar e perambulo esquecido sem ordens de Deus pra levar essas asas que eu vejo em mim escondem o que não deu certo o universo girando e um buraco negro aberto...