Sim, disseste que chorei Quando jurei no auge da dor Buscar alento No esquecimento E o pensamento Jamais envenenar com teu amor. E assim os pobres olhos meus Sem os teus, Sentindo a inclemência Da ausência, Dor que eu não previ Tiveram a covardia De chorar por ti. Foram-se os ais, mas nunca mais Os versos meus que foram teus Tu ouvirás, Hei de sorver, todo o amargor Mas o teu amor tudo farei Para esquecer. Meu coração, Como um vulcão, Extinto a tempos Na algidez de tua mão, Saudades tem, Chora porém, Já não palpita por ninguém. Para o teu amor Minha saudade é quase vã, Quem sabe se amanhã Eu já não pense em ti, Diga que eu sofri Se um dia alguém te perguntar Se eu te soube amar Diga que amando enlouqueci. Mas que essa loucura O nome teu fez-me olvidar, Diga que a cantar Qual doido corifeu, Desfiz um verso meu Em flores rubras e depus Aos pés de um grande amor, Junto a uma cruz.