Esse lado que transcende é o mesmo que eu toco Que me joga na semente, noutro tempo desemboca No oceano sem limites onde faço novas trocas Meus escambos, nova gente, nessa mente que transporta Se você acha que entende o seu ser Logo se enxerga entupido de porquês Se você pensa que consegue compreender Se despedaça e questiona o que é você Esses passos adiante logo viram cambalhotas Novos risos, novas crises, outros rumos, outras rotas Esse rio sem nascente, esse tudo que desloca E pensando estar ciente a incerteza se transborda Se você acha que entende o seu ser Logo se enxerga entupido de porquês Se você pensa que consegue compreender Se despedaça e questiona o que é você Me fazendo consciência, eu me abro noutra dobra Tão concreta, tão ausente, abstrato que retorna Trafegando na corrente, crio mundo, fecho portas No atalho coerente a clareza me apavora Se você acha que entende o seu ser Logo se enxerga entupido de porquês Se você pensa que consegue compreender Se despedaça e questiona o que é você Nesse vago desse meio, minha cabeça se revolta Entre fatos, devaneios, nesse sono que me acorda Que boceja, que vacila, que se perde, que renova Dentro e fora da existência que me prende, que me solta Se você acha que entende o seu ser Logo se enxerga entupido de porquês Se você pensa que consegue compreender Se despedaça e questiona o que é você