Estou campeando no rastro da toca, ninho ou barragem Pra ver se ainda no trecho o bicho feio de lages Estou pousando no trilho pelas coxilhas e atalhos Eu sou serrano e tropeiro lá nos barreiro eu trabalho Me valha São Sebastião vê-se abençoa esse peão Que eu tô virado num cão campeando um tal de leão baio Sou eu ou tu leão baio do Cajurú Quem ganha é rei eu sei que esta é a lei Mas um de nós vai ser bóia de urubu Por entre as taipas de pedra do chão de Correia Pinto No bodegão da coxilha vou tomar um vinho tinto Eu já bailei no morrinhos quando cortaram oreia No passo se Santa Vitória melei muito mel de abeia Eu vou corta as tuas garras, tu vai te dar mal na farra Ninguém vai levar na marra o meu rebanho de oveia Eu faço charque com quirera, faço pinhão e poroto Pra alimentar meus negrinho não roubo nada dos outros Tua rebanha, tua leoa que foi vista na vigia Da coxilha ao paiquerê, tu pode entrar numa fria Vai ser um duelo de nobre, respeite a bóia dos pobres Tome consciência e não roube de um peão pai de família Tu convida a dona leia que com os gatinhos se empaca Te some no chão serrano esqueça ovelhas e vacas Tem cruzo no vacas gorda no cavera e não sei não Na fazenda ferradura Tio Benja perdeu um capão Te cuida com esse ginete não faz matança no brete Se não tu vira tapete numa cama de galpão