Meu rap é assim mesmo não paro, incansável Tem quem me odeie, tem quem me ache amável Cometo os meus erros afinal, quem não peca? Mas o rap é pra mim, sagrado como a meca Hipersônico, talvez meio ecônomico Falo o necessário em nome dos anônimos Dia-a-dia dos manos, cotidiano e da dor Mensagem de otimismo, tragédia e terror Falo támbem do amor, da beleza com certeza Porque o que penso, eu ponho na mesa Rápido, fácil, direto e reto, discreto Não nego o meu ego, nem por decreto Intenção proposital, foge do tradicional Só porque não sou comum meu rap não é racional? Ah tá bom né, eu continuo ignorando Fazendo um rap novo, sigo inventando Não tiro o corpo fora, admito o que eu faço Só no sapato, buscando meu espaço Não tenho um rosto lindo e nem quero tê! Mas aí nego, tenho o que tu nunca vai tê! [Refrão] Cuidado com que você diz, volta pra você O rap é um dever e faz a mente acender Rap na veia só quem tem, vai entender Representando a condição, a sigla BT Já sabia disso desde o começo da guerra Inveja, cobiça, que o ódio impera Como já dizia Mano Brown, e os Racionais "Então mostra prá esses cú, comé que faz" Uso meu arquivo pessoal, a minha malandragem Afinal se eu for jogar, essa é minha vantagem Já que umas e outras, não posso nem consigo Eu sigo, na humilde, os inimigo? nem ligo Olho grande ódio, pra tudo o que eu faço Sei que fácil fácil, se esvai num pedaço Que eu jogo pros abutre, rude, boy é nói Eu sou mesmo assim, a verdade sempre dói Meu rap é assim mesmo , mas só pra vocês Coisa de louco, no pescoço o número três Eu sou o meu som, e o meu som sou eu O bom malandro esse sempre entendeu O que eu quero dizer, é que na minha teoria Sempre falo exatamente, aquilo que eu queria Quero ver demorou, quem concorda comigo? Mas não faça o que faço, só o que eu digo [Refrão] Cuidado com que você diz, volta pra você O rap é um dever e faz a mente acender Rap na veia só quem tem, vai entender Representando a condição, a sigla BT A gata pergunta - esse rap é do BT? O boi não me conhece, ela sim, pode crê! Eu sou tipo astro pornô como algo familiar Você não me conhece mas já ouviu falar E se for por beat ruim, ou boa rima Já têm muito nego que acha que tá por cima O dom é uma arte e o resto faz parte Do que se pode fazer, não nem é a metade Transparência e polidez, as vezes não combinam Você tem que aprender o que as ruas te ensinam Calça jeans bem larga, e camiseta folgada E a cabeça raspada é de idéias, lotada Eu te dou o que precisa e o que quer escutar Da favela até o asfalto, vô te fazê balançar Não sei jogar o jogo, eu só sei ganhar Eu falo, falo, falo e você não quer escutar Não vim por acaso, 87, 16 de maio Desistiram quando viram, que eu não caio