(Certa vez fomos cantar na cidade de franca Durante o nosso espetáculo num circo Formamos amizade com as autoridades presentes Terminando nossa apresentação tivemos um convite O delegado nos convidou Pra ir cantar na cadeia para os presos No outro dia seguimos para lá Lá na cela cantamos um número Notamos que todos os presos gostavam Apenas um de cabeça baixa não olhava em ninguém Terminando nossas apresentação Pedimos licença ao delegado Fomos conversar com os presos Conversando com esse preso Ele nos contou a sua história, por que razão tava preso Essa história vamos contar pra vocês, cantando) Muita gente diz que existe destino Quero acreditar, ao mesmo tempo não Tá certo que eu pra ser não queria E viver nas grades de uma prisão Agora entre as grades eu fico pensando É a minha mãe quem foi a culpada Nasci e cresci na maior liberdade Só vinha dormir nas altas madrugadas Minha devia ter me repreendido No primeiro roubo na vida que eu fiz Arrombei um cofre tirei cem cruzeiros De dentro da igreja da nossa matriz Eu era criança, ainda bem me lembro Dez a onze anos muito eu teria Minha mãe pegou aquele dinheiro Notei no seu rosto com muita alegria E assim fui crescendo até ficar moço Afundando sempre no vício tirano Minha inteligência que dava de sobra Esperto, tão vivo tal qual um cigano Fiz muitos assaltos, roubos e crimes Só prazer sentia fazendo maldade Ao assaltar um banco a máscara caiu Desta vez caí nas mãos da autoridade E agora entre as grades eu fico olhando As aves serenas voando no espaço O meu coração de tanta tristeza Parece que vai repartir em pedaço Que fique de exemplo aos pais de família Que tem amor nos filhinhos seus Repreenda seu filho desde pequenino Pra depois não verem sofrer como eu