Carmem se olha no espelho
E se encontra uma vez mais
Busca o que perdeu em sua decisão
E se julga e se condena
Mil prisões perpétuas
Seu ventre vazio a golpe de sangue e aço

Carmen confusa por amor
Em uma noite de álcool
Fez uma festa no jardim
A meia noite é tão fácil
É tão fácil cair e logo o medo
Melhor morte ao intruso
Que ainda me resta tempo para ser feliz

Aah, aah

Carmem se olha no espelho, vê seu umbigo
Tão grande, tão vazio
Um campo, onde perdeu sua liberdade

E se julga e se condena
Mil cadeias perpetuas
Seu ventre vazio a golpe de sangre e aço

Carmem amaldiçoa o calendário
Joga só, chora e se derrota

Aah, aah

Eeee
Eeee

Me dê

Me perco em intermináveis caminhos
Desde aqui ate lá
Me perco entre fogueiras
E a angustia por te ver me queima
De me um pouco de seu tempo

Desligue o telefone, espera-me
E se não há nada em casa
Fique nua, espera me
Me de tempo
Me de um pouco de seu tempo

Me perco em intermináveis caminhos
Entre isso e aquilo
Me perco entre o que não tenho
E o valor me propõe alternativas absurdas
Me de um pouco de seu tempo

Abre a tua janela, que ente o sol
Que talvez eu seja o vento
Ou uma ave desesperada por um lar
Me de tempo
Me de um pouco de seu tempo