Vejam o olhar do mestre ajoelhado chorando,
E dizendo ao pai, se possível for passa de mim esse cálice.
Olha o seu gemido, sinta a sua agonia
Os seus passos na areia
A maldita madeira maltratando seu ombro.
Sua face vermelha desenhava
Na terra um horizonte de paz p’ra mim,
Pois caminhando sabia que dali
Nasceria um povo que clama com fé
Chicotearam, cuspiram, pisaram,
Bateram n’ele sem dó, judiaram
P’ra que fazer isso se o malfeitor
Sou eu não era o emanuel?
Crucificaram o rei de judá,
Levaram ele na cruz a pregar
Ele não merecia sofrer quem devia
Não era ele era eu.
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